Sinto-me só,
como quaisquer magos;
Como qualquer Rei com um só olho
num mundo de cegos;
E só me sinto,
mesmo não estando na verdade;
mas não se escuta o som das vozes
que deviam encher as plateias
do re-despertar da Humanidade!
Sim! Onde está o calor das gnoses
que nos podiam aquecer ideias
ante a glaciação da realidade?
Que passos demos nós,
em prol da consciência,
se essa consciência a que pertencemos
só nos dá a noção da força que não temos?
E sinto-me só! Sinto-me só e com frio!
Sinto os meus pensamentos congelar no hipnotismo
de uma existência na nossa mente forçada,
e dominada, no materialismo!
Seres poderosos feitos tão fracos,
transformados de transparentes em opacos
com apenas uns anos no delírio
de serem trapos!
Que mortes vos esperam mentes inúteis?
Talvez tão inúteis como a minha,
talvez ainda mais fúteis;
se adoradores da Rainha.
Sinto-me só convosco, meus amores,
que vos amo a todos ainda
e aí sim, como nos programas,
talvez para sempre o sinta.
Assim é, não sei mais como vos diga;
sinto-me só;
aprisionado entre a fadiga
e o nó!
Peço-vos,
aos que despertam no perigo,
vençam os medos!
Peguem nas fundas!...
E partilhem comigo:
segredos
e perguntas!...
Rui Diniz
(Poema enviado pelo autor
para publicação neste blog)
cortedelrei.blogspot.com
quinta-feira, março 01, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Grande António Vitorino... o meu honesto agradecimento. Estiveste lá no sábado? Não te vi.
Forte abraço!
Diniz
sinto-me só mesmo não estando na realidade......uma realidade constante neste mundo maluco em que vivemos..foi um prazer ler este seu poema...
Enviar um comentário