terça-feira, abril 29, 2008

Feira Internacional do Fanzine, em Almada


Este ano, a IX Edição da Feira Internacional do Fanzine, irá acontecer de 7 a 15 de Novembro de 2008, na Casa Municipal da Juventude - Ponto de Encontro.

Realizada, habitualmente, na Casa Municipal da Juventude – Ponto de Encontro, Cacilhas, Almada, Portugal, tem como objectivos: o apoio, a dinamização e divulgação dos fanzinistas do Concelho, a dinamização de um espaço de encontros e permutas em torno dos fanzines e dar visibilidade a estas publicações.

Começem a enviar as vossas colaborações para
fanzine2008@gmail.com
http://www.myspace.com/fanzine2008

Big Ode #5: Chamada -TEMA: PESADELO!

Big Ode, publicação de poesia e imagem, aceita colaborações para a próxima edição, até 30 de Maio.
FORMATO:

- Tamanho A5 (imagens a "sangrar", dar mais 3mm);
- Formato desdobrável (Células A5), com uma tira de papel;
- Escala de cinza (P&B);
- Limite de páginas por autor: 4.


TEXTOS:
- Formatos de texto: doc (word), txt.

IMAGENS:
- Formatos de imagem: jpeg, jpg, tiff, PDF, EPS.

- Resolução mínima: 300 dpi.

BIOS:
- Não haverá BIOS.

SELECÇÃO:
Em caso de selecção, a prioridade vai para a poesia visual e poesia, por esta ordem


DEADLINE:
- 30 Maio.

- Enviar através de e-mail: bigodemagazine@gmail.com
ou correio: R. Padre Ângelo Firmino da Silva, nº4, 1º Dtº, 2800-017 Almada – Portugal


http://big-ode.blogspot.com/

segunda-feira, abril 28, 2008

25 Olhares de Abril


Vai ser lançado amanhã, pelas 18h30, no auditório da editora “Campo das Letras”, na Rua António Gil, 15-B, em Lisboa, o livro de crónicas “25 Olhares de Abril”, com coordenação de Carlos Garrido e prefácio de Maria Barroso.

“25 Olhares de Abril”, como o próprio nome sugere, é um conjunto de textos de diferentes autores que, dentro e fora de Portugal, relatam a forma como viveram as emoções de uma revolução anunciada. Alguns, pela sua militância e proximidade, sentiram-se actores da mudança; outros, mais distantes, aguardavam expectantes que tudo se definisse.

Abril

Abril…
Libertador das amarras da censura
Grito de raiva e de revolta!
Rostos sorridentes
Livres
Porém...
Lenta e difícil democracia
Que tarda a chegar ao povo inteiro
Liberdade!
Existe com certeza.
Mas falta confiança no futuro
Num País à deriva de si próprio.


Mário Margaride

No blogue Canto Poético
http://avano2006.blogspot.com/

sexta-feira, abril 25, 2008

Venham Mais Cinco - José Afonso

um dos "hinos" do 25 de Abril...




Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
Se tem má pinta

Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dàquém e Dàlém Mar
Não me obriguem

A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda

Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei

A bucha é dura

Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe
Não me obriguem

A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam

Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei

José Afonso

pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Afonso

quinta-feira, abril 24, 2008


Dai-nos, meu Deus, um pequeno absurdo quotidiano que seja,
que o absurdo, mesmo em curtas doses,
defende da melancolia e nós somos tão propensos a ela!
Se é verdade o aforismo faca afia faca
(não sabemos falar senão figuradamente,
sinal de que somos pouco capazes de abstracção).
Se faca afia faca,
então que a faca do absurdo
venha afiar a faca da nossa embotada vontade,
venha instalar-se sobre a lâmina do inesperado
e o dia a dia será nosso e diferente.
Aflições? Teremos muitas não haja dúvida.
Mas tudo será melhor que este dia a dia.
Os povos felizes não têm história, diz outro aforismo.
Mas nós não queremos ser um povo feliz.
Para isso bastam os suiços, os suecos, que sei eu?
Bom proveito lhes faça!
Nós queremos a maleita do suíno,
a noiva que vê fugir o noivo,
a mulher que vê fugir o marido,
o órfão que é entregue à caridade pública,
o doente de hospital ainda mais miserável que o hospital
onde está a tremer, a um canto, e ainda ninguém lhe ligou nenhuma.
Nós queremos ser o aleijado nas ruas,
a pedir esmola, a esbardalhar-se frente aos nossos olhos.
Queremos ser o pai desempregado que não sabe que Natal há-de dar aos seus.
Garanti-nos, meu Deus, um pequeno absurdo cada dia,
um pequeno absurdo às vezes chega para salvar.


Alexandre O'Neill
"O princípio de Utopia, o Princípio de Realidade" (1986)
(Foto no topo: imagem do livro "Portugal Livre - 20 fotógrafos da imprensa contam tudo sobre a revolução das flores")

quarta-feira, abril 23, 2008

"Pessoas lendo"

"Pessoas Lendo", ou "a ler", é um blogue norte-americano (de San Francisco). Imagens e textos em http://www.peoplereading.blogspot.com/




sexta-feira, abril 18, 2008

segunda-feira, abril 14, 2008

Sebastião da Gama evocado em Setúbal

Tendo como objectivo homenagear o poeta e escritor Sebastião da Gama, a Ecosd’Art – Associação Cultural inaugurou no passado dia 12 de Abril, em intercâmbio com a Associação Cultural Sebastião da Gama, uma exposição de pintura de homenagem ao poeta da Arrábida.

Este evento cultural, integrado no programa festivo do 84.º aniversário do nascimento do poeta, está patente no Club Setubalense (ao lado do edifício da Aerset, em Setúbal) até ao dia 26 de Abril.

Notícia do semanário Notícias da Zona.

“Biblioteca Extravagante”, no Festival Sementes

Vem aí mais uma edição do festival Sementes – Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público: vai ser entre 3 de Maio e 8 de Junho, em Almada, Odivelas, Moita, Seixal, Sesimbra, Palmela, Montemor-o-Novo e Barreiro.

«Nesta edição os espectáculos programados trazem-nos reflexões de extrema poética sobre a vida e a morte, sobre a amizade e o amor, sobre a aceitação do outro, do diferente, sobre as venturas e as desventuras, as amarguras e as felicidades de uma viagem que pode ser a própria vida.

Sem dar respostas, o teatro abre-nos perspectivas, horizontes, valores que permitirão às nossas crianças e jovens alicerçarem essa construção que é criarem-se a si próprios como seres humanos capazes de dar um futuro promissor ao nosso mundo, ao nosso planeta.», lê-se no programa do festival, organizado pelo Teatro Extremo, de Almada, em colaboração com as câmaras municipais dos oito concelhos que acolhem o evento.

O vasto e diversificado programa deste festival pode ser consultado (em formato pdf) no site do Teatro Extremo:
www.teatroextremo.com/Sementes2008/ProgramacaoComunicacaoSocial.pdf

Nós, Debaixo do Bulcão (e porque gostamos muito da palavra falada) destacamos desde já a presença de um “contador de histórias”: no dia 1 de Junho, no Parque da Paz, Almada – uma de muitas actividades que, nessa data, ali comemoram o Dia Mundial da Criança.
Biblioteca Extravagante
Salto no Escuro – Contador de Histórias – Lisboa

«A partir de um objecto, que pode ser um tronco, uma caixa, uma imagem, ou até mesmo folhas com palavras, pretendemos animar leituras possíveis. Os objectos são como livros que nos contam histórias, estimulando assim a criação e a evolução intelectual da criança.»

Concepção e interpretação: F. Pedro Oliveira

1 de Junho
10h30 e 16h45
Parque da Paz – Almada

Encontram mais informação sobre o Festival Sementes

terça-feira, abril 08, 2008

KANT SÃO

a vossa evidência visual arde nos olhos
corpos na pupila estranhos de entranhar.
e não mais ofendam este sensitivo globo:
hábeis sois apenas na matéria dada
não na cúpula, perfeitos só na cópula
pois é universal e necessário copular.
mas se matéria bruta vos conforma
não tendes mais razões para um cisma
vinde cá quantos são quero contar
chegai-vos vinde até cá criticar
a priori se ousais a razão dura
o tempo que durar se vos chegardes
à minha mão fechada raiva pura.


António Vitorino
(Dezembro 1997)
http://vitorinices.blogspot.com/


Debaixo do Bulcão poezine
Número 32 - Almada, Março 2008

sexta-feira, abril 04, 2008

Distintto




A diferença vista remete ao dizer,
quando dita no dito,
torna-se o próprio dizer ;
o mesmo sintoma visto .

Esta® no fluir da rede
do sangue
que atinge a diferença no visto,
a marca no dito –
manifesto diz tinto.


Nuno Rocha






Nações
(recato milha® de espécie.)


Capta (a)tensão no passar
os olhares suspensos,
o cinzento fundo,
fica ;
tomado de si,
da cruz que se faz rios
(da cruz)
à cor da pele de nós ;
seu ser.


Nuno Rocha




Nome das Nações


Valor de guardar seu elemento
Simples forma k foge ali grassa
Quimera das nações que se fala
As vezes que teve o luxo astuto.

Nuno Rocha


(Três poemas incluídos na edição 32 - Março 2008
de Debaixo do Bulcão poezine)

terça-feira, abril 01, 2008

Mário Viegas - um caixeiro-viajante de poemas


«Profundo estudioso da nossa poesia, Mário Viegas foi, nos seus programas 'Peço a Palavra', 'Palavras Ditas' e 'Palavras Vivas', uma voz activa na divulgação dos nossos poetas mais representativos.

Candidato às eleições presidenciais em 1993, foi-lhe atribuído no ano seguinte por Mário Soares, então Presidente da República, o título de Comendador da Ordem do Infante.

Defensor intransigente da intimidade humana, viria a falecer no dia 1 de Abril de 1996, perdendo-se um actor de raro quilate.

Passados doze anos sobre a sua morte, Mário Viegas continua bem vivo na memória dos portugueses como 'a referência da mentalidade mais avançada em Portugal, em termos de humor'.»


Crónica de Artur Vaz, no blog Almada Cultural por extenso:


(publicada originalmente no jornal Notícias da Zona )


Mais sobre Mário Viegas: