Cidadãos:
Antes de mais, devo tranquilizar-vos: não venho aqui dizer que 2007 será um ano crucial para o Debaixo do Bulcão poezine. Não será crucial, nem sequer decisivo (e garanto-vos, caros concidadãos, que a palavra decisivo me soa muito melhor, e sei porquê).
Também não venho aqui fazer promessas.
Não garanto que as próximas edições do Debaixo do Bulcão poezine (refiro-me ao objecto palpável, a edição em suporte de papel) possam sair com a desejável periodicidade trimestral.
Aliás, não posso sequer garantir que seja possível continuar a edição em papel. Nem sempre conseguimos dispor dos recursos necessários; nem sempre as pessoas que neste projecto trabalham (de forma voluntária, diga-se) estão disponíveis.
Mesmo aquilo que parece mais fácil de assegurar (ou seja, este blog) não tem um futuro definido. Em primeiro lugar porque, como dizia o outro engraçadinho, a única certeza a longo prazo é que a longo prazo estaremos todos mortos. Mas também - o que não é menos relevante - porque este vosso pobre editor é, de facto, pobre (no sentido económico-financeiro do termo) e nem sequer tem ferramenta de trabalho: as actualizações deste blog são feitas "aqui e ali", em computadores de que disponho temporariamente.
Não há tuning neste blog
Posso, no entanto, garantir-vos que não irei sobrecarregar o blog com desnecessários "ornamentos" (ía escrever "mariquices mas, felizmente, parei a tempo).
Este é um espaço para divulgação de textos de novos autores. Não é um exercício de novo-riquismo tipo deixa-me cá artilhar o meu blog para mostrar que sou muito virtuoso e ver se ele fica mais bonito que o teu.
Dito isto, e apesar das dificuldades que enfrentamos, 2007 não é, repito, decisivo (nem crucial).
A fase das grandes decisões e encruzilhadas aconteceu em 1997 (sim, há dez anos!) quando, após o lançamento da primeira edição (recebida com entusiasmo, sublinhe-se) conseguimos reunir vontades e recursos para continuar o projecto.
Continuámos. E apesar de duas longas pausas nesta caminhada de dez anos, eis-nos aqui, prontos para mais uma década ou para acabar já amanhã. Vocês decidem, porque este projecto existe para vos servir e não faz sentido sem a vossa participação.
E pronto, agora que estão prestados os necessários esclarecimentos prévios, passemos então a desenvolver os temas desta Mensagem de Ano Novo. Temas que são, como sabeis, "bonum vinum laetificat cor hominis" e "fortuna favet fatuis".
O bom vinho alegra o coração dos homens
A este propósito poderia citar, por exemplo, o grande poeta Muhammad Ibn Abbad Al Mutamid, rei de Sevilha nascido em Beja, mas não me apatece fazê-lo.
Também vos poderia falar de um tal Fernando Pessoa. Mas deixem lá, fica para outra ocasião.
A sorte favorece os parvos
Nesta aldeia global que é a blogosfera, anda por aí muita cabecinha de galináceo que só pensa em tratar do seu quintal e/ou favorecer os seus.
Ora bolas, para isso não precisam da internet: reunam-se entre quatro paredes, organizem-se em tertúlias e aproveitem para beber chazinho (ou uma boa pinga, se não gostarem de chazinho)!
Recapitulação
Expostos e desenvolvidos os temas que aqui nos trouxeram, terminemos, como mandam as boas práticas, com uma recapitulação.
Recapitulemos, pois:
a) 2007 não vai ser para nós crucial nem decisivo: prosseguimos ou acabamos, mas sem dramas
b) se for possível, e esperemos que o seja, continuaremos a editar Debaixo do Bulcão poezine em suporte de papel e com periodicidade trimestral (Março, Junho, Setembro, Dezembro)
c) tentaremos manter este blog actualizado nos conteúdos e feioso na aparência
d) o bom vinho alegra o coração dos homens e a sorte favorece os parvos
Termino manifestando o meu sincero e fervoroso desejo de que todo vós tenhais o ano de 2007 que fizerdes por merecer.
António Vitorino
editor do Debaixo do Bulcão poezine
PS: Como certamente já perceberam, publicamos, com muito gosto, os vossos textos (poesia ou prosas pouco extensas). Enviem os vossos trabalhos para debaixodobulcao@netcabo.pt
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1 comentário:
Obs: O Senhor Editor do Debaixo do Bulcão poezine foi fotografado pelo Senhor Miguel Nuno Vargas.
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