"Eu amava como amava um pescador,
que se encanta mais com as redes que com o mar
Eu amava como jamais poderia
se soubesse onde te encontrar"
(Oswaldo Montenegro in "Lua e Flor")
Nos escombros do meu corpo,
que a madrugada abrasa e o luar melancólico ilude,
vão cisnes selvagens renascendo
do lago imenso e prateado
que as primeiras chuvas transbordaram.
Atento,
roendo esta nostalgia e arqueando as horas
inultrapassáveis,
fica-se o meu olhar de silêncios
no céu digno e luminoso
tecido de fragilidades e acordes de lira
que apenas a solidão é possível escutar.
Helena de Sousa Freitas
Publicado em Debaixo do Bulcão nº12
Janeiro 1999
(Mais informação sobre esta autora em:
Letras e Estudos Luso-Canadianos
jornalismo-literatura.com
terça-feira, janeiro 16, 2007
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