Alexandre Castanheira
(N. Cacilhas, Almada, 28/02/1928)
Escritor, dramaturgo, poeta e professor universitário, Alexandre dos Santos Castanheira é licenciado em Ciências
Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa, e em Letras Modernas Francesas, pela Faculdade de Paris.
Abnegado lutador pela liberdade e pela democracia, conheceu as prisões da PIDE, ainda estudante.
Popularmente conhecido e considerado como uma das mais facetadas personalidades almadenses, foi obrigado, pelo regime de Salazar e Caetano, a enveredar pela clandestinidade, durante 15 anos.
Membro do PCP regressou à terra natal após a revolução de Abril, desempenhando fecunda actividade no Poder Local, como Deputado Municipal e como presidente da Assembleia de Freguesia do Laranjeiro, onde reside.
Na sua passagem por França, onde se exilou, foi secretário do Movimento Francês Contra o Racismo e membro de várias organizações de trabalhadores.
Nos anos 40/50 publicou poemas em jornais e revistas, com o pseudónimo de Edgar Castanheira; foi redactor do Avante e colaborador do Diário de Lisboa.
Organizou a antologia poética Poesia em Cooperação (1988), e participou nas antologias A Diáspora em Letra Viva (1985); Águas Claras: Poetas em Vila Viçosa (1987); Poesia em Cooperação (1988); Águas de Lisboa (1989); 35 Textos para Paulo Cid (1992); O Tejo e a Margem Sul na Poesia Portuguesa (1993), e Antologia dos Serões da Beira. Prefaciou e apresentou diversas obras.
Na segunda metade da década de 90 foi coordenador da Agenda Cultural do Município de Almada.
Em 1994 foi galardoado pela Câmara Municipal de Almada com a Medalha de Ouro de Mérito Cultural.
Publicou, entre outras, as obras:
Poesia... Sem Distanciação (1985) e Desilusão Optimista (1993), Poesia.
Chico do Norte (1977) e Uma Certa Vanguarda (1983), Teatro.
Camões, Nosso Contemporâneo , 1.º Prémio Camões da CMA (1980); Romeu Correia, Memória Viva de Almada (1992); Associativismo Almadense (1993); Uma Experiência "Comunista" em Torno de Um Capítulo da História dos Limites Austrais do Brasil (1998), Ensaio.
Hoje, ainda... (1987), Contos. Cidadão a Tempo Inteiro (1999), Crónicas. Outrar-se (2003), Memórias.
Nota bio-bibliográfica adaptada de:
Gente de Letras Com Vínculo a Almada
edição SCALA, Dezembro 2004
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1 comentário:
Esqueci-me de acrescentar que Alexandre Castanheira tem um título de Comendador, conferido após petição popular, pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio, mas que só lhe foi entregue já no mandato do actual PR, depois de uma série de peripécias algo rocambolescas...
António Vitorino
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