diz o marquês de pombal: está mal
e é preciso fazer bem. régua esquadro
esquadria. derrubo a casa da tua tia
enquadro terramotos no plano original.
diz antónio josé da silva: está bem
mas não me preocupo nada com isso.
estou febril vim do brasil fui a belém
reli os evangelhos mesmo assim virei chouriço.
diz bocage: carrapato mais que tu penou camões
ou na pátria ou nas índias essas dores
tal a minha liberdade amputada em maus serões.
epílogo de pina manique: essas tintas essas cores
e doutores há em excesso até na arcádia. ah, prisões!
deixem sonetar o sono! azorraguem tais cantores!
e é preciso fazer bem. régua esquadro
esquadria. derrubo a casa da tua tia
enquadro terramotos no plano original.
diz antónio josé da silva: está bem
mas não me preocupo nada com isso.
estou febril vim do brasil fui a belém
reli os evangelhos mesmo assim virei chouriço.
diz bocage: carrapato mais que tu penou camões
ou na pátria ou nas índias essas dores
tal a minha liberdade amputada em maus serões.
epílogo de pina manique: essas tintas essas cores
e doutores há em excesso até na arcádia. ah, prisões!
deixem sonetar o sono! azorraguem tais cantores!
António Vitorino
(Debaixo do Bulcão poezine, nº13 - Março 2000)
1 comentário:
Muito bem "esgalhado" este poema :-D
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