terça-feira, janeiro 06, 2009

Mensagem de Ano Novo de Sua Excelência o Senhor Director do Debaixo do Bulcão poezine


Camaradas e amigos, poetas e poetisas, portuguesas e portugueses, gentes da lusofonia, leitores, compinchas, visitantes deste blogue, e todos os outros:

Neste novo ano de 2009, regresso ao laborioso laboratório da poesia. Mas venho com sentimentos contraditórios.

Por um lado, alegria e confiança no futuro: afinal, já lá vão 12 anos desde que este projecto (desculpem lá, mas ainda não me habituei a escrever segundo as novas regras do Acordo Ortográfico) poético nasceu - e continua de boa saúde, sempre com novos autores em cada nova edição (e aproveito o ensejo para felicitar os recentes colaboradores - tal como os "antigos", os que me ajudaram e incentivaram ao longo de todo este tempo).

Contudo, neste regresso ao trabalho, não posso deixar de exprimir alguma tristeza (quiçá amargura...) por constatar que, durante a minha ausência, andaram por aqui uns meninos mal comportados a fazer asneira.

Eu explico.

Este blogue teve sempre as suas caixas de comentários abertas a todos os que nele quisessem exprimir a sua opinião. Sempre acreditei que o público a que este espaço se destina é composto por pessoas responsáveis e crescidinhas. E era, até há pouco tempo.

Entretanto, este vosso amigo foi passar o fim de ano a Moura (cidade portuguesa do distrito de Beja, na mítica margem esquerda do Guadiana), para participar, com pessoal do Teatro Fórum de Moura e com uma mão-cheia de bons amigos (e excelentes pessoas, perdoem-me a parcialidade) numa privadíssima sessão de Poesia Olímpica Sem Piscina.


Ora, nessas terras alentejanas este vosso humilde mestre da teia não estava para se preocupar com blogues nem com outras coisas aparentadas. Era mesmo álcool e poesia - ou, se preferirem frase mais literata, numa mão sempre a garrafa e debaixo do outro braço o caderno de manuscritos.

Acontece que, já neste ano de 2009, sou surpreendido com comentários insultuosos e despropositados, colocados por anónimos, sobre um jornalista que comentou um artigo do nosso colaborador Artur Vaz sobre a importância das bibliotecas públicas.

Vejamos se explico melhor: o artigo, de Artur Vaz, era sobre leitura e bibliotecas (artigo sobre política cultural, portanto); esse artigo foi comentado (na caixa de comentários, que é - era... - absolutamente aberta à participação de todos) por um jornalista chamado Joaquim Maneta Alhinho; e algumas pessoas que, pelos vistos, não gostam desse jornalista, resolveram insultá-lo, na mesma caixa de comentários (sem se darem ao trabalho de considerar que este é um blogue de divulgação literária - e que, se querem fazer "peixeirada", por acaso até têm muito por onde escolher, por essa blogosfera, sem precisarem de vir aqui - e mesmo sem, pelo menos, fazer uma referência ao artigo em questão). Mais: insultaram sem assinar - o que me parece cobardia... mas quem sou eu para classificar tais atitudes, não é? E (pior ainda?), um dos comentários até apareceu assinado, embora o suposto "autor" do dito (ou seja, a pessoa cujo nome aparecia na "assinatura" do comentário) me tenha, posteriormente, enviado um e-mail, afirmando e garantido que não tinha nada a ver com o assunto (e não tenho razões para duvidar dessa afirmação) e pedido que identificasse o IP do autor do comentário (algo que não posso fazer - mas, se pudesse, até o faria).

O que resultou de tudo isto?

Resultou que, a partir de agora, os comentários aos atrigos deste blogue estão sujeitos a novas regras. Antes, eram abertos a todos, e não eram previamente visados. Passam a ser apenas para quem esteja identificado, e só serão publicados depois de eu os ler.

Isto parece censura prévia? Pois parece. E é!

Mas a culpa é de quem? Minha? Ou de quem não se sabe comportar democraticamente (para não dizer apenas comportar de maneira decente)?

Eu gosto de dizer as minhas larachas e de beber os meus copos, e de dizer as minhas larachas depois de beber os meus copos - como os prezados amigos e visitantes já devem ter entendido. Mas não ando a disparatar alarvemente. Nem admito que outros venham para aqui fazê-lo. Como já devem ter entendido.

Tenham um bom ano de 2009!

António Vitorino
(Excelentíssimo Director do Debaixo do Bulcão poezine)

1 comentário:

Madalena Barranco disse...

Olá António,

Feliz ano novo para você também!! E espero que 2009 seja recheado de muita literatura e poesia Debaixodobulcodiana e também de comentário construtivos...

Beijos da amiga de além mar.