quinta-feira, abril 19, 2007

Cantarei, sempre Abril

Eu cantarei,
ao Portugal
libertado.
Eu canto, ao Abril
por nós conquistado.

Eu canto
aos cravos vermelhos
e à madrugada.
Eu cantarei
à Liberdade
e à vitória
alcançada.

Eu cantarei
aos homens
e às mulheres
que por Abril, tombaram.
Eu canto,
à força
e à razão
das lutas encetadas.

Eu cantarei, Abril,
sempre Abril, será canção.


Artur Vaz






(em Index Poesis, colectânea de poesia
organizada por Ermelinda Toscano.
Edição O Farol / SCALA.
Almada, Outubro 2006)

1 comentário:

Anónimo disse...

Exaltar Abril é sempre um previlégio na escrita de Artur Vaz.
Tanto em prosa como na poesia a chama da Liberdade e da Democracia é algo de permanente neste grande escritor almadense.
Recordo-te companheiro de escrita a nossa intervenção política, antes de Abril. Os artigos cortados pela Censura no Jornal de Almada, as noites memoráveis em que ouvimos os LPs de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso, entre outras vozes que tanto incomodavam a tirania de um regime cujo rosto era Salazar.
Hoje, passados 33 anos é urgente Cantar Abril...
Obrigado,pelo teu belo poema.
Força Artur Vaz.
JOSÉ SALVADOR - Madeira