quinta-feira, outubro 29, 2009

Nos espinhos de uma rosa azul

(Rosas azuis não existem ou então não são silvestres..)



A imagem criada por reflexo
das ideias duma cor escrita
inequivocamente,
arde nas mãos desertas
à espera
de se fecharem num sono doce.
A eterna luta
entre o alter eu
e o super eu,
entre o que sou
e o que já me deixei (de) ser.
Estou numa ânsia de permanecer
ou me perder
nas sombras
de sempre.
Não me vou mais ferir
no sangue aflito
por rosas frias
que choram espinhos antigos.

Uma rosa faz sentido
com as suas raizes
bem sulcadas na terra
fresca,
não na memória
perpétua
duma estufa
(fria).


Gabriel

Debaixo do Bulcão poezine
Número 6 - Almada, Novembro 1997

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