quarta-feira, novembro 12, 2008




O feijão frade demora-se nos coentros
acabrunhando a brandura obediente do
asinino esfrangalhado em molho picle, é
o regime piramidal dos espatifados sioux
servindo cubinhos enfeitiçados de alho
ao cume do civismo socialyte, apurando,
com complacência, os termos laxismo e
sodium laureth sulfate, todos encharcados
em azeite e vinagre onde os anafados, e
regimentadas afilhadas, se contorcem na
medíocre textura de confiança engendrada
como anti-psicótico para os convivas que,
assim acostumados a tourear e seguros do
mecanismo de bluff prosaico da roleta-russa,
vão coagulando o esófago candidato a rival
com indirectas depuradas de virtuosidade.


Denominam-se de infiltração nos canos
neste imparável panóptico fenomenal, uma
civilização complicada até ao formato
monopólio onde se agudizam os agachados
arriscando à lerpa,apostam o PIB do país
embalados pela judiciáriaque salva-vidas oro
dispersáveis em vicodin e, o moscardo
mandamento da kaballah, vocaciona-os
para prosmeiros compromissos de berbequim.

João Meirinhos

http://www.movimento-xexe.blogspot.com/


Debaixo do Bulcão Poezine
Número 34 - Almada, Outubro 2008

1 comentário:

Madalena Barranco disse...

Olá António,

Este poeta Meirinhos criou um adorável poema onde alimentos, comensais e o mundo todo viram uma mesa a cada verso!! Gosto desse estilo de poesia - às vezes eu arrisco algo assim.

Parabéns!!

Beijos