quarta-feira, dezembro 22, 2010


Silêncio!
Que hoje se conta um fado.
A história de um amor,
da eterna saudade,
de noites de luzes perdidas
num sonho sonhado sem tempo
ao sabor da morte, ao sabor
do fado.
A história de corpos vagueando
no fio de uma navalha
a história de uma falha.
De olhos sem brilho,
de almas despertas,
de flores encantadas,
de um conto de fadas.
A história de um mar que aclama.
Silêncio!
Que hoje se canta a alma.


António Boieiro

Debaixo do Bulcão poezine
Número 1 - Almada, Dezembro de 1996

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