domingo, julho 29, 2007

Água doce








Fontes sagradas
explodem
das veias da Terra.
Minhas lágrimas doces
escorrem pelos dedos
das montanhas
e têm os pingos conspurcados
pelos braços das cidades...
Voltarei algum dia
a ser cristalina
no fundo do teu olhar?
Poderei entregar-me sem nódoas ao mar
e doar-lhe a doçura em seu leito de sal?

Registro na FBN/EDA
Mais poesia (e prosa...) desta autora, no blog

8 comentários:

Anónimo disse...

A mulher comparada a um elemento da Natureza, a água. A tristeza que provoca a lágrima da mulher, a contaminação que degrada a água das montanhas. Será que um dia ambas voltarão a estar límpidas?
Madalena tem grande sensibilidade.
Meus parabéns.
Luiz Ramos
30/7/2007

Madalena Barranco disse...

Querido António, obrigada pela publicação de "Água...". Como adivinhaste que é um dos meus preferidos? Ah, vejo que meu amigo Luiz Ramos esteve por aqui a te visitar... Que bom ! Adorei seu comentário no "Morango" e... Ih, me perdoe a confusão com os dez anos do teu blog... Beijos.

Debaixo do Bulcão disse...

Luiz Ramos: obrigado pela visita.
«Madalena tem grande sensibilidade.»
Parece que sim!

António Vitorino

Debaixo do Bulcão disse...

Madalena:

Como adivinhei? Tenho acompanhado, com muito interesse e muito gosto, o que escreve no seu blog!
Quanto à "confusão"... Se calhar a culpa até foi minha, porque enviei a toda a gente um e-mail a dizer que tinha aqui poemas com 10 anos, sem explicar melhor...

A.V.

Anónimo disse...

António
Belíssimo poema da Madalena,esta fada que encanta em versos, com um talento primoroso. Parabéns!
Tere Tavares

Madalena Barranco disse...

Querida amiga Tere, tu que és poetisa lusófona, pois até no jornal de Cabo Verde publicas, sinto-me honrada e muito feliz com teu comentário e tua visita ao lindo blog do também amigo António Vitorino. Beijos.

Madalena Barranco disse...

António, obrigada! Meus amigos estão adorando teu blog!!!

Debaixo do Bulcão disse...

Obrigado a todos!
Eu ainda irei passar pelos vossos sítios na internet, visitá-los com calma e responder a todos os vossos simpáticos comentários.
Hoje foi um dis um bocadinho complicado no que diz respeito a acessar a net.
Há dias assim...

Beijos e abraços.
Até amanhã!

António Vitorino