sexta-feira, julho 13, 2007
Poema amarelo light
Um poema amarelo
tem de rimar
obrigatoriamente
com caramelo. Isto
na perspectiva idiota
do poeta idiota como uma frota
que sou eu.
Amarelo é a cor dos dentes
de quem fuma e não só. Os meus são verdes
porque fumo erva mas não dessa.
A que eu prefiro é a do estádio nacional
porque é pouco pisada, não sabe mal,
e provoca uma risada
contida
mas integral.
Amarelo é a cor dos que não fazem
greve. Os outros são vermelhos e sabem
quem foi o brejnev.
Amarelo é a cor do Verão
quando não chove
e a cor do Inverno quando faz sol.
Amarelo sou eu:
o berrante, o chato,
o irritante. Aquele que escreve poesia
como quem mata um elefante.
Jorge Feliciano
(um dos "criadores" da Festa Amarela)
poema publicado no Debaixo do Bulcão especial
para a primeira edição da festa
em Julho de 2001
Ver mais informação sobre o evento em:
Almada Cultural
Coisitas do Vitorino
As Fotos do Bulcão!
Câmara Municipal de Almada
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1 comentário:
Deixem-me dizer-vos que este é um dos poemas do Jorge Feliciano de que eu mais gosto.
E ele sabe disso?
Sabe!
António Vitorino
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