domingo, julho 29, 2007

por quando enquanto
vives/morres
tua sombra se expande e sobrepõe
aquém do sonho e anos trespassados
além do sexo em sangue em carne urdido
da clausura hiperbólica da verdade
por virtude vir tudo à tona na
tonalidade parada dos olhos por anos
já toldados

e em vão recomeças o silêncio
a obra suposta que se esgueira
pela fresta da infância que se afasta

joão vasco henriques








Debaixo do Bulcão poezine
número 26 - Almada, Junho 2004

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