já pelo verde prado que apenas
existe numa óptica poética
no silogismo firme e na métrica
mas nunca nos teus olhos de helenas
tocava o tocador suas avenas
chorava o poeta sua ética
sofrias tu de fome anoréctica
e eu pasmava já de tantas cenas.
foi então que pedi ao viajante
que comigo sulcava o prado raso
opinião palpite dica oráculo.
afirmo (respondeu esse pedante)
ser este muito estranho e raro caso
mas eu para profeta sou bem fraco
Affonso Gallo
(ilustração de Jorge Feliciano)
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