Mãos enlaçadas
com as flores do tempo
abraçam a nostalgia
açoitada pelos sinos
do fim de uma tarde,
tocada de folhas e outono,
tocada de folhas e outono,
folheada de ouro
e lembranças.
Dedos como pétalas
se deixam levar pelo vento sul. Este,
lhes fala tépido, mas com ar frio,
do indicador ao mindinho:-
Ainda há esperança... Coada
entre galhos seminus
há anos fios de sol.
Madalena Barranco
Registro na Fundação Biblioteca Nacional.
2 comentários:
A(s) foto(s) que ilustram este poema de Madalena Barranco são imagens captadas no Parque da Paz (em Almada) durante o Verão de 2005.
E quando é Verão em Almada, em São Paulo é já inverno... mas já terá passado por lá esse vento outonal?
;)
A.V.
Querido António,
O vento outonal se faz presente em todas as estações paulistanas (de São Paulo), quase sempre indefinidas, onde a lembrança da garoa quase perdida faz o vento dançar entre as folhas das corajosas árvores da cidade.
Muito obrigada pela publicação, gentis comentários, e pelas lindas fotos que ilustram meu poeminha.
Beijos
P.S.: agradeço também sua mensagem em meu blog durante minha ausência.
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