Nunca o mar invade a fertilidade
de todos os dedos
de um papel branco de lágrimas
nem contam as rochas os segredos de sons
nem dormem olhos nem gritos
nem metal de orgasmos azuis
Morrem esquinas e cães
de uma lua grávida
morrem suspiros de ar
gatos de cios cinzentos
sem mar nem lua
morrem na noite oblíqua dos telhados
que caem vermelhos de estrelas
Maria Cannin
Debaixo do Bulcão poezine
número 15 - Almada, Julho 2001
quarta-feira, junho 13, 2007
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