Escrever tem a sua própria fisionomia,
a sua própria maneira de ser.
Gosto muito de ouvir as pessoas por isso falo pouco.
Falo muito pouco sobre o que faço,
a incerteza é permanente e muito íntima.
Estou no estado das dúvidas,
a tentar encontrar a voz e o tom.
O mundo começou a ser feito ao contrário,
vivemos livres num cativeiro.
De vez em quando Deus faz uma pessoa à sua medida.
Cármen é uma viúva que tem um morto em casa,
diz que o poder conserva a vida.
Quero convidar-vos a entrar na teia do pecado.
O que me surpreendeu não é lá ter estado, mas lá ter chegado.
Poema anónimo,
publicado no blog Redondo Vocábulo
e aqui reproduzido com permissão do autor.
quarta-feira, maio 23, 2007
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2 comentários:
Há muito tempo que não passava por cá, eu sei. Por isso a minha surpresa deveria ser apenas uma confirmação: ou seja, este teu blog está cada vez melhor.
Sinceramente, com um elevadíssimo nível cultural, como poucos que eu conheço. Parabéns Vitorino.
PS:
Hoje estou por Santarém. Regresso na sexta-feira à noite. Talvez no sábado consiga enviar-te a minha colaboração para o próximo Bulcão.
Obrigado pelo elogio.
Cá te espero. Por causa do poema e da "tal" entrevista (acho que é desta).
Vitorino
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