quinta-feira, abril 02, 2009

Tempos Mortos e Nulos




Com uma espinha de peixe
atravessada na alma
vivendo agarrado ao vazio
com todos os dedos
condenado a morrer
sozinho na vertigem
da espiral sem fundo
esquecida nas trevas
à procura de mim próprio
num rio salobro de lágrimas
sempre a mesma imagem
distorcida de um sonho
reflectida no espelho
de outro sonho
como um fantasma vagueando
sem rumo nesta casa de infâmias
na qual nunca dormiu
uma pessoa feliz...



Vang!
2008

Debaixo do Bulcão poezine
Número 35 - Almada, Março 2009

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