a Fernando Barão
Nada é mais certo,
que só o tempo
poderá assolar
a tua argamassa.
Só o futuro será juiz…
Deixa mourejar
o teu ímpeto desafiar os meus braços,
dar força à centelha que me alumia,
rasgando o desvão
dos meus versos.
O teu retrato é este!
Sulcos de memórias e vivências, por ti partilhadas.
Jovialidade e clareza
que embaraça o temporão.
Distância que só tu sabes encurtar.
Só o futuro será juiz, todos nós sabemos…
Mas amigo!
as aves continuarão
a desafiar clarins de liberdade.
E nesta caminhada, que é a Vida,
a tua voz será sempre,
enquanto os poetas quiserem,
uma alfinetada no silêncio,
vestida de palavras, sob palavras.
Só assim, se enraíza um poeta…
Artur Vaz
In: Caderno Index Poesis n.º 73
de Janeiro de 2009 – Poemas para um Amigo
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário