"Emprenhei a minha musa
De imagens trigémeas
De imagens trigémeas
Coladas com a cera
Dos ouvidos de um penitente:
- Um pássaro desasado
Emaranhando-se nos cabelos
De uma floresta virgem –
- Um cavalo tecendo
Novelos de crina
No riacho de um regaço –
- Uma hiena fumando
Cachimbo e rindo entredentes
Nos gritos de uma selva diurna
– As três corroendo-lhe o ventre
Na urgência da luz prematura
Assim se vão esvaindo entrepernas
Todas as musas que me abrigam:
Em poças de líquido semiótico
Destes textos pretextos
Não mais que meras marquesas abortadeiras"
Palavroclastia por Mário Lisboa Duarte
http://margemdarte.blogspot.com
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(texto e foto recebidos por email: debaixodobulcao@netcabo.pt)
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