A propósito de uma exposição sobre o escritor almadense Romeu Correia (patente ao público no Arquivo Histórico da cidade, até 30 de Novembro), aqui ficam algumas palavras do próprio...
Romeu Correia conversando
Romeu Correia conversando
com Fernando Correia da Silva
(excertos de uma entrevista
publicada no site Vidas Lusófonas)
- No Sábado Sem Sol fiz análise e crítica de costumes. No Trapo Azul fixei reflexos do quotidiano. - A costureirinha violada pelo patrão, não é?
- Isso! Baseei-me num caso real, que bem conheço.
- E os outros livros?
- No Calamento fiz caracterologia moral e psicológica. Na Gandaia abordei problemas da infância e da adolescência e também reflexos do quotidiano. No Desporto-Rei foquei um processo social em curso.
- O futebol a alienar o povo, não é?
- Exactamente! No Casaco de Fogo, na Isaura e no Sol na Floresta estudei problemas da mulher. Um escritor vai deixando na sua obra, numa construção voluntariosa e difícil, a sua visão da vida, a sua compreensão dos homens e da sociedade em que vive. Não escreve tratados de teoria literária, ou estética, ou política, ou sociológica. Nos meus livros - e nas minhas peças - tenho desejado fixar pedaços da vida e a minha grande alegria é que há pessoas que os têm achado quentes e prementes da vida real que me inspirou e eu quis servir.
- E onde é que escreves? Em casa?
- Em casa e fora de casa. Olha, em Lisboa, passo horas a escrever no BOM, um Café que fica ali na esquina da Betesga com o Poço do Borratem. Conheces?
- Sim, conheço, já te vi por lá algumas vezes. Diz-me uma coisa: acabaste de publicar Bonecos de Luz. É um romance sobre o Chaplin, não é?
- De homenagem ao Chaplin.
- E o que é que estás a escrever agora?
- Uma peça.
- Como é que se chama ou vai chamar-se?
- O Vagabundo das Mãos de Oiro.
Texto completo em
www.vidaslusofonas.pt/romeu_correia.htm
- No Sábado Sem Sol fiz análise e crítica de costumes. No Trapo Azul fixei reflexos do quotidiano. - A costureirinha violada pelo patrão, não é?
- Isso! Baseei-me num caso real, que bem conheço.
- E os outros livros?
- No Calamento fiz caracterologia moral e psicológica. Na Gandaia abordei problemas da infância e da adolescência e também reflexos do quotidiano. No Desporto-Rei foquei um processo social em curso.
- O futebol a alienar o povo, não é?
- Exactamente! No Casaco de Fogo, na Isaura e no Sol na Floresta estudei problemas da mulher. Um escritor vai deixando na sua obra, numa construção voluntariosa e difícil, a sua visão da vida, a sua compreensão dos homens e da sociedade em que vive. Não escreve tratados de teoria literária, ou estética, ou política, ou sociológica. Nos meus livros - e nas minhas peças - tenho desejado fixar pedaços da vida e a minha grande alegria é que há pessoas que os têm achado quentes e prementes da vida real que me inspirou e eu quis servir.
- E onde é que escreves? Em casa?
- Em casa e fora de casa. Olha, em Lisboa, passo horas a escrever no BOM, um Café que fica ali na esquina da Betesga com o Poço do Borratem. Conheces?
- Sim, conheço, já te vi por lá algumas vezes. Diz-me uma coisa: acabaste de publicar Bonecos de Luz. É um romance sobre o Chaplin, não é?
- De homenagem ao Chaplin.
- E o que é que estás a escrever agora?
- Uma peça.
- Como é que se chama ou vai chamar-se?
- O Vagabundo das Mãos de Oiro.
Texto completo em
www.vidaslusofonas.pt/romeu_correia.htm
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