Primavera
Nascer renascer
semear para germinar
sair do negrume da subterrânea terra
alegrar-se de uma folha
de mais folhas
a alindar a superficial terra
e crescer e florir
é a terra a primaverar-se
de esperança
é a seiva a aniquilar
desânimos e cansaços
a aorta da vida a vencer
Já fui frágil
mas cresci e vigorei-me
sou forte de tronco
e ramos
e mesmo quando perco
folhas
aguardo pacientemente
o primaveril fortalecimento
que dos botões minúsculos
brotará
e inundará de certezas
as minhas veias
meu berço de futuro
Poesia
não tem estações
é sempre primavera
prima da luz
vera e indesmentível
imaginação humana
correndo no leito infinito
do ribeiro do tempo
das sementeiras
do revigoramento das árvores
e do futuro,
que é só caule
mas vai ser tronco
que me vai deixar trepar
até ao alto
para de lá ver finalmente
todas as luminosas cores
da liberdade
Alexandre Castanheira
Nascer renascer
semear para germinar
sair do negrume da subterrânea terra
alegrar-se de uma folha
de mais folhas
a alindar a superficial terra
e crescer e florir
é a terra a primaverar-se
de esperança
é a seiva a aniquilar
desânimos e cansaços
a aorta da vida a vencer
Já fui frágil
mas cresci e vigorei-me
sou forte de tronco
e ramos
e mesmo quando perco
folhas
aguardo pacientemente
o primaveril fortalecimento
que dos botões minúsculos
brotará
e inundará de certezas
as minhas veias
meu berço de futuro
Poesia
não tem estações
é sempre primavera
prima da luz
vera e indesmentível
imaginação humana
correndo no leito infinito
do ribeiro do tempo
das sementeiras
do revigoramento das árvores
e do futuro,
que é só caule
mas vai ser tronco
que me vai deixar trepar
até ao alto
para de lá ver finalmente
todas as luminosas cores
da liberdade
Alexandre Castanheira
Debaixo do Bulcão poezine
Número 37 - Almada, Março 2010
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