Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira
segunda-feira, junho 09, 2008
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2 comentários:
Querido António, tirar um rio da algibeira e pássaros da boca é tarefa para um poeta que verseja sobre a magia pessoal! Adorei o poema de José Gomes Ferreira. Beijos.
Era um poeta extraordinário, Madalena!
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