Conheci-o nas ferias pela primeira vez, e não senti nada. Voltei a vê-lo pela segunda e comecei a sentir alguma coisa. Mais tarde vim a saber que era mais do que amizade. Disse-lhe pela net e fiquei ainda pior. Fui falar com ele cara a cara para saber o que sentia, disse que só me via como uma grande amiga. Fui lá para cima chorar o que já estava à espera de ouvir. No fim abracei-o, mas não com a força suficiente. Gostava de o poder voltar a fazer. A única coisa de que me lembro de bom eram as frases com que ficava derretida: “Eu fico na equipa dela”. A coisa má era o desprezo que me desolava ainda mais. Prende-me a ele o M, a terra onde nasceu e a vontade de revê-lo outra vez.
Aprendi a esperar, a amar, a gostar, a olhar, a não desistir. Aprendi a pedir desculpa. Aprendi a dizer amo-te. Aprendi que a vida tem dois dias. Aprendi que não era o fim do mundo. Aprendo que gostava mesmo dele.
Marta Tavares
Debaixo do Bulcão poezine
Número 31 - Almada, Dezembro 2007
martinika2.blogspot.com
quinta-feira, janeiro 10, 2008
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