Em horas que já lá vão,
momentos gritantes de aflição,
a minha avó velhinha me dizia:
«Afastar baratas só fortemente bramindo
de janela bem aberta» - quem diria!
Ecoando sentido “aqui d'El-Rei!”,
o das baratas (o porquê não sei),
largavam tudo e debandavam.
Era vê-las trepando canos acima
e noutros lugares onde amontoavam!
Dizem-se nutritivas, comestíveis,
na verdade, ainda menos digeríveis
num impacto de grande radiação.
Pois venha a bomba atómica,
que já reclamam o apetite desta Nação...
Acredito ser caso de infestação nacional,
e se por acaso dominarem Portugal,
gritai agora “Aqui d' El-Rei das baratas!”.
Fogem tontas em passos perdidos,
deste fosso onde andamos metidos.
Rui Rocha
Debaixo do Bulcão poezine
nº41 - março 2013
domingo, março 24, 2013
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