quarta-feira, outubro 28, 2009


Em tempos fui rei
Em tempos eu era o tempo
Em tempos eu era a vida,
era a morte
A mão que estrangula e destrói,
a mão que semeia cria e gera.
Os olhos que tudo viam,
a face que em prece todos
sonhavam.
Em tempos eu morri
de uma morte cruel
e nasci com o passado.

António Boieiro

Debaixo do Bulcão poezine
Número 6 - Almada, Novembro 1997

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