A flor vermelha
Cortada de uma garganta.
Criada num monte de torrões
Com uma estaca cravada.
Alimentada num fogo
Incandescente de um vulcão!
Brilhante, viçosa
Embebedou muita gente
O seu veneno inebriante.
Agora murchante
Decadente
Avista o fim de um modo.
Enquanto uns morrem
Ele ri, gargalhadas estridentes
Justiça, mata-se a hipocrisia!
A flor sorri-lhe
Promete-lhe voltar
Num dia sozinha.
Ana Monteiro
Debaixo do Bulcão poezine
Número 10 - Almada, Setembro 1998
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